MARIANO FORTUNY
11 Junho 1838, Reus, Espanha
21 Novembro 1874, Roma, Itália
O Museu do Prado organizou uma exposição retrospectiva da obra deste pintor que terminou no passado mês de Março 2017.
Finalmente uma mostra oportuna, importante, de cerca de 200 obras de quem trabalhou toda a sua curta vida com empenho artístico equiparado, quanto a mim, a muitos dos impressionistas franceses da sua geração.
Começou na vida a trabalhar com o seu avô carpinteiro, hábil e com veleidades de escultor. E foi neste ambiente que se manifestou a veia artística que o levou a frequentar centros de formação académica como a Escola de Belas Artes de Barcelona em 1853. Daí a ligar-se a colegas espanhóis e italianos foi um passo.
Mas não podemos esquecer que foi um copiador, um visitante assíduo do Museu do Prado onde passou dias a copiar os grandes mestres. Era assim que aprendia. E pode dizer-se que os seus mestres foram Goya, Velazquez, El Greco, os flamencos, os venezianos, os napolitanos e até a arte japonesa. Todas essas influências foram bem assimiladas por Fortuny
Teve um contrato com o marchand parisiense Goupil que lhe grangeou um êxito merecido.
A sua técnica surpreendeu os entendidos. Fazia com aguarela algo nunca antes visto. Usava-a como pastel ou óleo. Também a sua complexa coloração das sombras, aquele erotismo cristalino, o uso da espátula deixaram boa marca nas suas obras.
Os seus quadros de género e motivos àrabes proporcionaram-lhe um grande êxito como pintor aguarelista e como gravador.
Viveu apenas 36 anos e deixou-nos a sua arte como um impressionista, realista, e vanguardista .
"A gypsy girl", 1870
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