ARTPAGE AnaLemos

10 de janeiro de 2018

JORN UTZON

9 Abril 1918, Copenhague, Dinamarca

29 de Novembro 2008

Quando em 1957 o seu projecto foi escolhido para ser edificado em plena baía de Sydney, na Austrália, o seu nome ficou para a história da arquitectura.

A Ópera de Sydney foi considerada uma das mais icónicas obras de arquitetura do séc.XX, pelas suas formas revolucionárias em vela que são realmente extraordinárias.

A fama correu mundo e dois anos depois começou a obra a ser construída. Grande e tão complexa que durou 7 anos até estar concluída. Mas gerou tanta polémica por causa dos custos astronómicos que Utzon decidiu abandonar a Austrália.

Ao todo, trata-se de um complexo com cerca de mil divisões, cinco teatros, cinco estúdios, dois auditórios, quatro restaurantes, seis bares e diversas lojas. O maior dos auditórios tem capacidade para 2600 espectadores.

Voltou em 1985 para ser condecorado com a Ordem da Austrália.

Era filho de um arquiteto e desde muito jovem revelou grande gosto pelo desenho e até chegou a ajudar o pai nos projectos de veleiros e iates.

Licenciou-se em arquitetura pela Real Academia de Bela Artes de Copenhague em 1942 e em plena Segunda Guerra Mundial refugiou-se na Suécia onde trabalhou para outros arquitetos.

Depois da guerra foi para a Finlândia onde trabalhou com o arquiteto Alvar Aalto.

Ganhou vários concursos internacionais e em 2003 recebeu o prémio Pritzker, o equivalente ao Nobel para a Arquitetura.

Só regressa à Dinamarca em 1983 depois de ter vivido em Maiorca onde construiu várias casas.

Viveu em Porto Petro numa zona rural, calma, junto ao mar na companhia da sua mulher (escultora), da sua filha mais nova (pintora). Tinha mais dois filhos também arquitetos.

Nos últimos tempos da sua vida uma doença degenerativa provocou-lhe a cegueira. Morreu de ataque cardíaco enquanto dormia.

A sua obra, essa, não vai morrer nunca.