JEAN RENOIR
15 setembro 1894-1974, Paris, França
Cineasta, argumentista, escritor, encenador e ator.
Filho de Auguste Renoir, um dos maiores pintores impressionistas.
A sua obra prima, BOUDU, Salvo das Águas (1932) é filme para se ver e rever toda a vida.
Começa com Boudu a caminhar ao lado do rio Sena em passos lascados, cabelos sujos, desalinhados. É um vagabundo. Só tem beijos dum cão, e só dá beijos ao cão.
Tem a liberdade da escolha. A única que tem. E escolhe morrer. Atira-se ao rio e é salvo pelo Monsieur Lestingois, refinado livreiro que na altura estava de binóculos a espreitar as damas que se mostravam na margem do Sena.
E assim foi salvo Boudu. Mas recupera pensando que estava no Céu. E ao descobrir que estava encharcado logo se queixou de poder constipar-se.
E o seu salvador, reformista nato, olha para Boudu e antevê a obra civilizadora de transformar uma besta num cavalheiro. Leva-o para casa, dá-lhe de comer, e Boudu, com saudades dos beijos do cão tenta beijar a boca de Anne-Marie, a criada e amante do seu protetor. Mas beijará, isso sim, fazendo soar trombetas, a boca da Madame Lestingois, bem precisada duma certa musiquinha...
E Boudu sem adeus nem agradecimentos voltará para a sua vida de vagabundo. E Monsieur Lestingois fica a consolar-se a olhar o rio com o braço direito apertando a amante e o esquerdo a terna esposa.
Filho de Auguste Renoir, um dos maiores pintores impressionistas.
A sua obra prima, BOUDU, Salvo das Águas (1932) é filme para se ver e rever toda a vida.
Começa com Boudu a caminhar ao lado do rio Sena em passos lascados, cabelos sujos, desalinhados. É um vagabundo. Só tem beijos dum cão, e só dá beijos ao cão.
Tem a liberdade da escolha. A única que tem. E escolhe morrer. Atira-se ao rio e é salvo pelo Monsieur Lestingois, refinado livreiro que na altura estava de binóculos a espreitar as damas que se mostravam na margem do Sena.
E assim foi salvo Boudu. Mas recupera pensando que estava no Céu. E ao descobrir que estava encharcado logo se queixou de poder constipar-se.
E o seu salvador, reformista nato, olha para Boudu e antevê a obra civilizadora de transformar uma besta num cavalheiro. Leva-o para casa, dá-lhe de comer, e Boudu, com saudades dos beijos do cão tenta beijar a boca de Anne-Marie, a criada e amante do seu protetor. Mas beijará, isso sim, fazendo soar trombetas, a boca da Madame Lestingois, bem precisada duma certa musiquinha...
E Boudu sem adeus nem agradecimentos voltará para a sua vida de vagabundo. E Monsieur Lestingois fica a consolar-se a olhar o rio com o braço direito apertando a amante e o esquerdo a terna esposa.
BOUDU
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