CARYBÉ - Parte 1
(Hector Júlio Paride Bernabó)
(1911-1997)
Nasceu em Lanus, Argentina e naturalizou-se brasileiro em 1949 quando definitivamente se radicou no Brasil.
Este artista plástico figurativo foi tudo nas artes. Pintor, gravador, muralista, ceramista, escultor, ilustrador, historiador, jornalista, escritor etc etc.
Viajou muito, viveu em Itália, e regressa à Argentina nos anos 40 onde fez a sua primeira exposição individual em Buenos Aires.
Deixa a Argentina e parte para o Brasil e opta por ir viver em Salvador da Bahia. Apaixonado pela cultura afro-brasileira, os seus ritos e orixás, encontra aí uma boa fonte de inspiração.
Como as suas obras são os costumes locais desse povo, os pescadores, feirantes, vendedores ambulantes, capoeiristas, prostitutas, candomblé e orixás, grande parte está exposta no Museu Afro-Brasileiro de Salvador.
Em 1962 publica o seu livro As sete portas da Bahia enquanto vai trabalhando nos seus painéis Os Orixás que o levaram, no início dos anos 70, a percorrer o país expondo essa obra grandiosa.
Na sua versatilidade como artista, Ilustrou o livro de Gabriel Garcia Marquez Cem anos de solidão e também diversas obras de Jorge Amado. Fez a cenografia e os figurinos da ópera La Bohéme encenada em Salvador. E lançou a sua grande obra, resultado duma pesquisa de 3 décadas, o livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia.
Já nos anos 90 participa na grande exposição Jorge Amado e as Artes Plásticas e expõe em diversas cidades europeias. Foi nessa altura que tive a oportunidade de ver os seus trabalhos, que de imediato me fascinaram, na Galeria de arte do Casino Estoril.
Faleceu com 86 anos e deixou, para nosso regalo, um legado de vários milhares de trabalhos.
Carybé com Baiana
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